Não existe uma fronteira clara entre a "organização" e a "bagunça". Cada um vive à sua maneira e tem os seus padrões do que considera ser aceitável ou não.
Mas algumas manifestações não deixam dúvidas: gavetas "transbordando", acúmulo de objetos sem importância, pia lotada de louças ou camas desfeitas há dias, lixo espalhado, roupas amarrotadas no armário, coisas jogadas pelo chão e mantimentos vencidos são alguns exemplos.
Embora ninguém aprecie viver em uma casa bagunçada, um pouco de desordem é natural: ela mostra que há vida naquele lugar e que, de vez em quando, por falta de tempo ou de ânimo uma casa pode, sim, ficar temporariamente mais desorganizada.
Existem pessoas que convivem com a bagunça, sem se sentirem afetadas. Mas, a partir do momento em que a desordem passa a comprometer a rotina, atrapalhando o trabalho, os relacionamentos, a vida social e até mesmo o bem-estar, é hora de mudar.
É importante ter em mente que, além de causar desconforto, a bagunça pode indicar que, no campo das emoções, algo não vai bem. A desorganização permanente pode ter origem em condições psicológicas ligadas a quadros de ansiedade, depressão, transtorno obsessivo-compulsivo e de acumulação, TDAH, falta de autoestima, entre outros.
O acompanhamento psicológico proporciona reflexões e diálogos muito ricos, que ajudam a pessoa a compreender as causas da sua desorganização - e o quanto ela é reflexo da insatisfação com relacionamentos, sentimentos de impotência, frustração no emprego, ausência de objetivos, falta de autoestima, entre outros.
A psicoterapia nos leva a olhar para as emoções e buscar mudanças que melhorem nosso bem-estar. Isso passa pela visão que temos de nós mesmos e da vida que queremos - e o quanto de desordem aceitamos ou não ter, por dentro e por fora.
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